quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Muitas vezes..

Muitas vezes a aparência externa carece de valor. Embora nem sempre.. Em direito, que causa tão corrupta e estragada, não fica apresentável por uma voz graciosa, que a aparência malévola disfarça? Que ironia poderá haver em uma alma, se alguma áurea a defende, e justifica com a citação de um texto, mascarando com bonito fraseado a enormidade que há? Não há vicio, que não possa revelar aparência de virtude. Quantos sentimentos não vêem, cujo peito resiste tanto como areia ao vento.. Os bigodes que eles só usam da coragem, para que possam parecer temíveis. Mas se olhasse a beleza, verias que é só comparada a peso, e que por vezes, pode demonstrar tudo que há em si mesmo. Então aparece aquela criatura perfeita, cobrindo uma beleza só de empréstimo. Conhecidos são todos como dádiva de uma cabeça estranha: já no túmulo se encontra o crânio sobre que nasceram. E é assim como me vê neste momento, eu sou. Para mim própria não seria ambiciosa em meus desejos de querer ser muito melhor em tudo. Mas triplicar quisera vinte vezes, para vós, o que sou, ser mais incrível mil vezes, mesmo que você não esteja aqui.. Eu, com tudo o que aconteceu, tendi a ser outra pessoa, mais amarga, mais fria. Posso até não demonstrar muito isso, mas há algo dentro de mim que mudou, completamente. Até há momentos, em que volto a ser eu mesma, mas, somente por fora. Posso esconder milhares, bilhares, trilhares de coisas aqui dentro e, creio que somente quem saberá é você. Mas, aquele profundo sentimento chamado saudade sempre irá me dizer olá por mais inúmeras vezes. Então, não se preocupes de queixar-me tanto, preciso disso para sobreviver. Aprender a viver sem você.

William Shakespeare

Você diz que ama a chuva mas você abre seu guarda-chuva quando chove. Você diz que ama o sol, mas você procura um ponto de sombra quando o sol brilha. Você diz que ama o vento, mas você fecha as janelas quando o vento sopra. É por isso que eu tenho medo. Você também diz que me ama.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Deixa estar.

Porque muitas vezes, simplesmente, bate um medo de aquela sensação boa passar. O pior é que a gente sabe que passa, não tem jeito.
Fazer o que? Aproveitar?
As coisas geralmente não estão sob nosso controle, por mais que queiramos isso. Até tentamos controlar tudo.. Principalmente o que sentimos, mas no fundo sabemos que não é bem assim.
Quem nunca quis pegar aquele momento feliz e guardar num pote pra quando precisar de uma dose de ânimo só ir lá resgatá-lo?
Não sei se porque há muito tava ansiando por esta sensação de novo ou se, justamente, porque sei que ela pode escapar das minhas mãos a qualquer momento que sinto que estou tirando os pés do chão, daí vem o grilo e fala “Acorda, tu pode tropeçar a qualquer momento. Só fique atenta”.
Ao mesmo tempo vem outro grilo e fala “deixa de ser medrosa, ficar se resguardando pra que? Aproveita”.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O efeito da fúria


No mundo comum, sabemos o lugar das coisas.. Tudo tem seu lugar.. Acreditar nisso nos torna inocentes e através dos dias, sob o mesmo céu, esperamos, sonhamos e rimos.. Encontramos e perdemos nosso rumo.. Finais são começos e momentos em que as peças se encaixam de novo.

É preciso perder o nosso rumo para encontrá-lo novamente..

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Injetei veneno.

Injetei veneno nos meus pulsos e agora preciso de capacitâncias superiores ao oxigênio, preciso buscar sentimentos retrógados, os quais realmente estão mais próximos que o imaginável e não faço idéia de como agarrar essas oportunidades. Não me sentia mais como antes, e sei que posso ficar melhor ‘sem’ do que ‘com’. Acho que tenho mais pra mostrar, mais pra esbanjar. Quero importância, vivo em conflito e não sei o que esperar disso tudo. “Não espere mais nada” não é a verdadeira solução, sou humano, eu reflito, penso, volto atrás ou me atiro pro mundo. Vou ficar bem, vou sentir novamente, as feridas estão sarando, a dor vai sumir e eu vou renascer. Sei o que me espera lá fora, o que me aflinge e o que me fascina, me nutre… E claro, as coisas as quais eu posso conquistar com desejo e precisão.

Eu entro nesse barco,

é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinho, não vou. Não tem como remar sozinho, eu ficaria girando em torno de mim mesmo. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena. Remar. Re-amar. Amar. (Caio Fernando de Abreu)